"Quem muito se evita, se convive." (...)
"O que castiga, cumpre também. Não convém a gente levantar escândalo de começo. Só aos poucos é que o escuro é claro".
Guimarães Rosa, pela boca de Riobaldo, Grande Sertão: Veredas.
Primeiro turno
Pano rápido: a eleição presidencial não se resolveu no primeiro turno por causa dos aloprados do dossiê e da maneira como a imprensa noticiou o fato e a foto. A ausência de Lula no debate global foi a chance perdida de tentar reverter a tendência. O Geraldo fez o papel de poste. Heloísa quem?
A emoção que reinou naqueles dias finais de setembro foi o constrangimento. Votos que iriam para Lula mudaram de direção, constrangidos. A pauta da ética foi imposta pela campanha tucana e surtiu o resultado necessário: crescer um pontinho aqui, outro ali, com o bom moço posando de guardião da moral.
Segundo turno
Ilumina-se o palco para o segundo turno e no meio Geraldo, o moralista, é flagrado com Garotinho, o garotinho. Constrangimento.
O PT acende a luz amarela das privatizações e a carapuça serve direitinho às cabeças neoliberais. Alguém tem dúvidas que a palavra privatização é sinônimo de negociata no imaginário nacional? De novo ele, o constrangimento. Agravado a cada entrada em cena de FHC.
Os tucanos se dividem: uns a dizer que graças à privatização existem os celulares, e outros fingindo que não era com eles o assunto. O constrangimento já estava do outro lado do palco, o que tem o coro dos sem voto, Borhausen, Jereissati e Roberto Freire.
Esses, sem o mínimo constrangimento. Olhe as fotos da segunda feira quando foram exigir apuração imediata pelo Tribunal Superior Eleitoral, após a Veja acusar mais uma vez o governo sem provas, nem indícios, nem testemunhas.
De posse das pedras brancas no xadrez político, a campanha vermelha retomou o comando do processo empatando o jogo da ética. E o eleitor voltou a comparar as lembranças da época FHC (já sabendo em qual quarto da casa da avó Geraldo dormia) com a melhoria das condições de vida no governo Lula. Fácil.
Debates
Os debates, fundamentais para o esclarecer definitivamente qual é o melhor candidato, se realizam e causam... Constrangimento! É impossível que os eleitores não se sintam constrangidos assistindo ao Geraldo demonstrar aquela falta de capacidade de pensar. Falar ele fala, mas como um boneco. Fala e repete.- Veja bem, eleitor, nós somos diferentes! Governar é escolher e eu escolhi o lado de mais emprego pro seu filho, o lado da saúde, da educação. O Brasil merece mais.
O fiasco foi tão grande que Lula chegou a emprestar tempo ao Geraldo no debate da TV Record, sentindo que quanto mais o tucano falasse melhor.
Realmente, o Brasil merece mais.
Pano rápido: a eleição presidencial não se resolveu no primeiro turno por causa dos aloprados do dossiê e da maneira como a imprensa noticiou o fato e a foto. A ausência de Lula no debate global foi a chance perdida de tentar reverter a tendência. O Geraldo fez o papel de poste. Heloísa quem?
A emoção que reinou naqueles dias finais de setembro foi o constrangimento. Votos que iriam para Lula mudaram de direção, constrangidos. A pauta da ética foi imposta pela campanha tucana e surtiu o resultado necessário: crescer um pontinho aqui, outro ali, com o bom moço posando de guardião da moral.
Segundo turno
Ilumina-se o palco para o segundo turno e no meio Geraldo, o moralista, é flagrado com Garotinho, o garotinho. Constrangimento.
O PT acende a luz amarela das privatizações e a carapuça serve direitinho às cabeças neoliberais. Alguém tem dúvidas que a palavra privatização é sinônimo de negociata no imaginário nacional? De novo ele, o constrangimento. Agravado a cada entrada em cena de FHC.
Os tucanos se dividem: uns a dizer que graças à privatização existem os celulares, e outros fingindo que não era com eles o assunto. O constrangimento já estava do outro lado do palco, o que tem o coro dos sem voto, Borhausen, Jereissati e Roberto Freire.
Esses, sem o mínimo constrangimento. Olhe as fotos da segunda feira quando foram exigir apuração imediata pelo Tribunal Superior Eleitoral, após a Veja acusar mais uma vez o governo sem provas, nem indícios, nem testemunhas.De posse das pedras brancas no xadrez político, a campanha vermelha retomou o comando do processo empatando o jogo da ética. E o eleitor voltou a comparar as lembranças da época FHC (já sabendo em qual quarto da casa da avó Geraldo dormia) com a melhoria das condições de vida no governo Lula. Fácil.
Debates
Os debates, fundamentais para o esclarecer definitivamente qual é o melhor candidato, se realizam e causam... Constrangimento! É impossível que os eleitores não se sintam constrangidos assistindo ao Geraldo demonstrar aquela falta de capacidade de pensar. Falar ele fala, mas como um boneco. Fala e repete.- Veja bem, eleitor, nós somos diferentes! Governar é escolher e eu escolhi o lado de mais emprego pro seu filho, o lado da saúde, da educação. O Brasil merece mais.
O fiasco foi tão grande que Lula chegou a emprestar tempo ao Geraldo no debate da TV Record, sentindo que quanto mais o tucano falasse melhor.
Realmente, o Brasil merece mais.
Aliás, a pergunta agora é: como ele conseguiu governar São Paulo com aquela capacidade mental? É constrangedor...
Constranger.
Unir (-se) muito, anulando-se espaços entre; apertar (-se), comprimir (-se). Tolher a liberdade a (ou de); subjugar, sujeitar, dominar. Obrigar (alguém), geralmente com ameaças, a fazer o que não quer; forçar, coagir, compelir. Ex: “vão constrangê-lo a pedir demissão”. Tornar ou ficar embaraçado; envergonhar (-se) Ex: “o excesso de elogios o constrangeu”, “constrangia-se quando tinha de confirmar as mentiras do patrão. Fazer perder ou perder o bom humor; incomodar (-se), aborrecer (-se).
PS: Alckmin vai ter uma votação equivalente ao índice de rejeição de Lula, que vai ter uma votação do tamanho da aprovação do seu governo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário