O programa do PSOL - "a vilania com os oprimidos" (2007)


Heloísa Helena em estúdio, fundo recortado, câmera levemente de baixo para cima, interpretação raivosa alternada com sorrisos fora de hora, texto confuso, períodos longos, recheados de enumerações e vocabulário erudito, fechando o programa denunciando a "vilania com os oprimidos".

Luciana Genro, ao ar livre, em Porto Alegre, câmera também de baixo para cima, se esforçando para demonstrar empatia com o telespectador, "contracenando" com o seu íntimo Sr. Ruas em uma mesa de bar. O senador José Nery em seu gabinete, olhando para o lado, lendo com "naturalidade" seu texto "acessível" sobre a reforma tributária. Chico Alencar tentando mostra firmeza sem perder sua ternura, dizendo que propôs a abertura de mais uma CPI para investigar...o quê mesmo? Ivan Valente, nas ruas de São Paulo, falando sobre... esquecí...

Paremos por aqui para não chegarmos ao jogo dos 50 erros, número do partido.

Imagens tecnicamente aceitáveis, equivocadas apenas no posicionamento da câmera de baixo para cima e exceto as de Porto Alegre, apresentando pulos de frames, texto claramente inadequado para televisão e um conteúdo deslocado da realidade desperdiçaram 10 minutos no horário nobre de um partido que imagina falar com o povo, mas só consegue atingir seus seguidores, mesmo assim deixando lembranças fragmentadas da sua mensagem.
O país que o programa diz ser o Brasil é dominado pela aliança explícita Lula - FHC, representantes dos banqueiros, nunca esteve tão mal no quesito cuidar do seu povo e caminha célere para o atraso, a menos que os nobres Psolistas cheguem ao poder. Isso dito no mesmo dia em que foi divulgada mais uma pesquisa CNT - Sensus com recorde de aprovação do governo...Em resumo, se utilizando dos meios mais conservadores de comunicação, o partido que se pensa de esquerda, foi de uma incapacidade atroz de oferecer aos eleitores idéias, pensamentos, argumentos, frases, slogans ao menos. No quesito comunicabilidade, o programa do Psol pecou exatamente no que a ex-senadora, candidata a Jânio Quadros dos tempos que correm, acusou o governo: uma "vilania com os oprimidos". Bastou a primeira frase do apresentador do Jornal Nacional, clara, direta, curta, simples, objetiva, para perceber o abismo.

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